A caridade – Parte 14

O melhor campo II

Dinâmica operacional e benefício

Quem não coopera não recebe cooperação. É princípio básico da lei eterna. Por outro lado, temos recebido continuamente respostas nítidas de que a dinâmica operacional no campo do amor começa a melhorar diversas questões em nossa vida. Afinal, é pela atitude positiva no laboratório operacional junto das pessoas com quem convivemos, com paciência, tranquilidade e utilização das melhores estratégias ao nosso alcance, que nós vamos, quem sabe, começando a sentir o bem estar no campo psíquico.

Nesse exercício, é comum a gente achar que está ajudando o necessitado, quando no fundo nós é que estamos sendo os grandes beneficiados. Embora muitos não percebam, junto dos corações que auxiliamos encontramos a segurança e a força necessárias.

No sufoco dos acontecimentos geralmente queremos a retirada do problema. E os que os espíritos fazem? Ele nos dão recursos. Nos fortalecem para que possamos viver o problema de forma satisfatória. Percebeu? Os trabalhos nos planos do amor muitas vezes não subtraem o peso nas costas, mas propiciam aumento da resistência no campo da força.

 Campo de saneamento

“Cada um contribua, segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria.” II Coríntios 9:7

Quando ajudamos alguém ficamos esperando esse alguém agradecer, não ficamos? Mas quer saber, nós é que deveríamos agradecer. Porque ele, na sua posição de carência chegou à nossa porta para podermos resolver um problema nosso. O que a gente lhe dá é um mínimo de vibração que circula, e ele nos ajuda a desonerarmos determinados ângulos. Clareou alguma coisa ou complicou? Calma que nós vamos explicar.

Nas tarefas de atendimento trabalhamos para nós mesmos, mediante a chance dada pela misericórdia para operarmos na respectiva área. E adotando o afeto no contexto começamos a simplificar o sistema evolucional e a sanear nosso território íntimo.

Agindo assim, com o coração voltado ao bem, é possível observar que marcas tristes e dificuldades que nos tumultuavam, criavam ansiedades e nos levavam à perda de sono vão desaparecendo. Seguindo por essa linha, com o decorrer do tempo equacionamos várias coisas. Ajudando os que sofrem nossos problemas começam a desaparecer.

Aquele que faz tem praticamente saneadas muitas das suas complexidades. Quem estende afetividade e carinho já está resolvendo os seus problemas, razão pela qual em tantas ocasiões temos que trabalhar com a aflição de muitos para resolvermos a nossa.

Acontecem situações na vida que não dá para entender. Eu não sei se já ocorreu isso com você. Às vezes, você sai para auxiliar alguém de alguma forma, vai lá, cumpre a sua tarefa ou dá o seu recado, e quando chega em casa encontra um problema resolvido. Ou isso nunca lhe aconteceu? Você sabe o que aconteceu? Não! Mas já resolveu.

Na verdade, não estamos acostumados com esse tipo de coisa. É como se o auxílio divino soprasse em nossos ouvidos através dos seus emissários: – Vai lá, dá o seu recado e deixa por nossa conta. Agora, nós queremos que aconteça isso de uma forma gratuita e privilegiada, e não vai acontecer. Não façamos a nossa parte não para a gente ver.

Linhas de simpatia

Como o bem constante realizado gera sempre o bem constante, segundo a lei do auxílio, o pensamento correto seguido de uma ação edificante, com quem for e onde for, constitui recurso vivo. Interfere nas funções celulares e nos acontecimentos humanos, atraindo em favor de quem o exercita amparo superior e luz em torno dos passos.

De forma que quando cooperamos com alguém aquilo influi favoravelmente em nossa harmonia. É que toda cooperação aos outros atrai simpatias valiosas com intervenções providenciais a nosso favor. E ainda que o auxiliado não entenda e não compreenda a nossa ação, seu amigo espiritual fica amigo da gente porque auxiliamos o tutelado dele.

O assunto é de uma abrangência e importância extraordinárias. Para se ter ideia, até para conseguirmos a alegria de auxiliar aqueles a quem amamos faz-se necessária a interferência de alguns a que quem tenhamos ajudado em algum momento.

Guarde isto: todo esforço no bem, por menor que seja, retorna invariavelmente a favor de quem o realiza. O amparo aos outros cria amparo a nós mesmos. E todas as vezes que levantamos um caído tenha certeza de que nos levantamos também com ele.

Quando fazemos o bem criamos energias positivas, e quando criamos energias positivas o bem se aproxima de nós. E mantida essa movimentação positiva infatigável, todo o mal por nós amontoado se atenua gradativamente, desaparecendo ao impacto das vibrações de auxílio nascidas a nosso favor em todos aqueles aos quais direcionamos parcelas de amor, sem a necessidade de recorrermos ao concurso da enfermidade para eliminar resquícios de treva que ainda trazemos em nosso campo mental.

Conclusão

É por aí que nós temos que andar. Para a felicidade, melhor caminho não há. À partir do momento em que passamos a dar efetivamente em favor dos que circulam em nossa órbita, aos poucos somos perfeitamente atendidos dentro de um suprimento da misericórdia.

E quanto mais somos felizes no atender os outros, mais tranquila é a nossa faixa de abastecimento segundo as nossas necessidades. Porque quando a gente cuida da dor de alguém, Deus cuida da dor da gente. Mas é o tempo que vai nos dando essa consciência.

Felizmente muitos tem aprendido essa lição, e muitos ainda irão aprender. Essa prática, por si só, como costuma modificar a rota do destino.

Portanto, me permita dar uma dica? Se você vive sitiado pela dificuldade e pelo infortúnio, trabalhe para o bem das pessoas mesmo assim, para que possa encontrar o seu próprio bem. Quando conseguirmos superar nossas aflições para criarmos a alegria dos outros, a felicidade alheia nos buscará onde quer que estivermos. Daí, queira o bem, plante o bem, e o resto vem!

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