A verdade vos libertará – Parte 18

O testemunho I

Testemunho é pessoal e intransferível

Se você acha que a solução do céu às suas rogativas está demorando, saiba que não é o único a defrontar-se com essa situação. Todos nós, sem exceção, passamos por isso. Todos nós somos surpreendidos pelo dia nublado da incerteza e pelo minuto das grandes hesitações, em que nos reconhecemos perplexos e inseguros.

Agora, o que tem que ficar claro é que não dá para se esquivar do testemunho. Ele é sempre pessoal, intransferível e toda criatura tem que vivenciá-lo no caminho da vida. Para se ter ideia, Jesus foi o primeiro a inaugurar o terreno dos sacrifícios.

Vale ressaltar que a individualidade não é apenas convidada, mas convocada a testemunhar. E o testemunho é no sentido de fazê-la afirmar, declarar e certificar, dentro do contingente de informações e de segurança aplicativa, o esclarecimento que já conquistou. Por isso, cada vez que as circunstâncias nos induzem a ouvir as verdades do evangelho, não dá para acharmos que o acaso está por trás dessas situações. É porque em breve espaço de tempo seremos naturalmente chamados pela vida a testemunhar.

Por que testemunhar

Alguém pode perguntar por que precisamos testemunhar, não pode? A resposta é simples e objetiva: não temos como nos projetar conscientemente para as conquistas maiores do crescimento espiritual sem o testemunho. Ficou claro?

Para nós, ele é algo de extrema relevância. É que todos os valores recebidos sob o ângulo da informação, e posicionados no plano superior da vida, apenas se incorporam a nós, à nossa estrutura intrínseca, em um plano de sedimentação, por meio de uma linha dinâmica operacional de aplicabilidade diária mediante o grau de testemunho.

Como diz o Apocalipse: “Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras destra profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. (Apocalipse 1:3). Ou seja, somente depois que a gente ouve e vê (ouvir no sentido de assimilar e ver no sentido de aplicar) é que vai encontrar segurança.

Templos e instrutores se multiplicam todos os dias em todos os lugares, oferecendo instrução e parcelas de socorro, no entanto toda mudança de vida exige um percentual de testemunho. O amor ensina que não existe outra lei fora do sacrifício, que a aquisição da fortaleza moral não prescinde das provas e que apenas o exemplo é forte para renovar e reajustar. E que sem a luta que facilita a aquisição dos valores reais não aprendemos onde se encontra o nosso verdadeiro lugar na obra de Deus.

E sabe o que acontece se não testemunharmos? Ficamos retidos naquela faixa abstrata e teorizada e permanecemos na esfera periférica da necessidade operacional.

Pense comigo: Jesus viveu no mundo porque sem essa vivência Ele não teria dado o recado que deu. Vamos deixar claro, são essas vivências que vão solidificar o nosso crescimento. Pelo conhecimento aprendemos e pela vivência damos o nosso testemunho, porque quando a gente vive determinada coisa a gente testemunha essa coisa.

Ele se dá no sacrifício

Nem tudo são flores na caminhada e a palavra que sintetiza o assunto é sacrifício. Normalmente, a testemunha tem um espírito de sacrifício, tanto de ordem externa quanto de ordem interna. Se a gente reparar bem, na própria luta reeducacional é muito difícil testemunhar na base da tranquilidade. O testemunho é o momento dos apertos, das apreensões, dos constrangimentos, das tentações e das aferições.

Isso não quer dizer que tudo que formos fazer tem uma cruz, porém toda elevação pressupõe uma imolação, que pode surgir tanto para solidificar uma conquista em um novo patamar quanto para efetivar uma quitação, desoneração ou respaldo.

A verdade é uma só: o sacrifício pessoal é o preço do acesso aos caminhos da luz.  E você já pensou que ao longo da jornada sempre tem alguém que vai se sacrificar por nós? Quanto mais uma pessoa nos ama mais ela testemunha em nosso benefício.

Jamais admita que o bem possa ser praticado sem dificuldade. A cada momento somos levados aos testemunhos, à incompreensão e à dificuldade de relacionamento, dentre outros fatores. E testemunhar é ter a coragem de viver dentro de um processo realizador conforme aquilo que a intuição e o conhecimento teórico propõe.

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