A verdade vos libertará – Parte 4

A instrução ou informação I

Instrução

A informação é o primeiro lance de todo mecanismo evolucional consciente. O que equivale a dizer que ela consiste no passo inicial para o alcance da verdade.

Então, anote: a instrução é a metodologia que vamos ter que implementar à partir de agora. O nosso plano de interesse tem que começar pela busca do instruir-se. Antes de qualquer coisa é preciso ter conhecimento, porque a educação começa aí.

É na linha informativa que começamos a gestar o homem novo. É a primeira iniciativa para trabalharmos os ângulos mais nebulosos da nossa individualidade e conseguirmos encontrar aquelas linhas mais seguras capazes de reduzir o nosso sofrimento.

Ela é o componente que nos chega ao plano perceptivo de fora para dentro, por assimilação. Define o ângulo vertical, o que recolhemos do alto, o que captamos de cima.

O conhecimento é transmitido por várias formas e Jesus dispara o processo educacional. Tanto que se buscarmos com vontade, a cada instante Ele nos chega informando. Este estudo que estamos levando a efeito, por exemplo, tentando interpretar o evangelho, objetiva direcionar caracteres informativos que nos auxiliem na caminhada.

E o acesso a novo patamar começa a ser alcançado quando passamos a obter um conhecimento novo. Isso é algo importante demais para entender. Informação é aquilo que chega e que nós desconhecíamos, ok? Do contrário, não é informação. Chegar aqui e dizer que estamos estudando o evangelho não é informação para ninguém.

Outra coisa que precisa ficar clara: informação é o que vem de fora. Ela opera de fora para dentro. Assim, o ato de receber sempre está ligado ao plano informativo, nunca ao plano formativo. Pela linha informativa nós captamos e ingerimos. Está dando para acompanhar? Então, pelo receber nós apenas nos informamos. A informação constitui o elemento indutor, impulsionador, instaurador, o componente de toque.

Logo, quem quiser sofrer menos instrua-se e trabalhe essa instrução no plano de modelagem de uma nova personalidade, decodificando e assimilando os valores recebidos.

Em toda a parte

O planeta, em tempo algum, jamais foi visitado por tanta orientação espiritual como agora. Nós nunca tivemos tantas informações arregimentadas no campo da espiritualização como temos tido hoje, vigorando em toda a sua faixa, seja no ocidente ou no oriente.

Tudo está diferente. Estamos estudando as escrituras na sua essência, fortalecendo com tranquilidade a nossa estrutura mental, elaborando projetos e selecionando valores que possam nos garantir ascensão. Coisa que não acontecia antes. Quem trabalhava isso, e tinha acesso a conhecimentos que para a grande maioria eram inacessíveis, era um grupo privilegiado que estudava de forma aprofundada com os filósofos. Agora não, está tudo generalizado. Está para todos.

As informações estão chegando amplamente para nós. Não é assim que está ocorrendo? Está jorrando que nem cachoeira, 24 horas por dia. E queiramos ou não, nós não estamos recolhendo essas orientações de maneira fortuita. De certa forma estamos tendo o privilégio e a bênção de recolher padrões que, não sei se você sabe, muitos milhões só vão adquirir quando retornarem ao plano espiritual.

O estudo

A evolução é um sistema de aprendizado constante. E o aprendizado implica na abertura de propostas que sugerem continuidade e progresso. A cultura intelectual pode não ser condição básica da felicidade, todavia é imperativo de engrandecimento da nossa alma. Periodicamente precisamos reformular nossos conceitos.

O que estamos fazendo é tentar facilitar a engrenagem da nossa evolução estudando, uma vez que o estudo nos possibilita implementar uma faixa de percepção e chegar a certas conclusões. Não há outro caminho. Precisamos nos instruir para que a jornada seja efetuada com equilíbrio, passo a passo, etapa a etapa.

O mundo é irreverente. Ele vai pra frente. E tem muita gente descendo ladeira abaixo porque ficou estacionada no patamar em que estava. Nós temos que ter essa mentalidade.

Em qualquer área de atividade profissional, o estudo é fator primordial. Isso vale para qualquer setor de trabalho. Sua ausência significa estagnação. O indivíduo que desiste de aprender e incorporar novos conhecimentos condena-se fatalmente às atividades de subnível. Quem não está interessado em estudar e em instruir-se, cuidado.

A costureira que não observa as novas tendências de cortes, moldes e tecidos não progride; o cabelereiro que não acompanha os novos visuais da moda, as novas técnicas e os novos produtos não cresce no ramo; o médico que não se vincula a periódicos núcleos de especialização passa a limitar em muito o desempenho de sua função.

Se percorrermos o universo, terreno a dentro das altas hostes espirituais, lá, entre outras coisas, os espíritos estão estudando. Porque o estudo não para. Ele é uma condição natural. Sem estudo e observação nós demoramos indefinidamente entre os infortunados expoentes da ignorância. De forma que temos que estudar, embora quanto mais a gente conheça mais a gente constate que nada sabe.

Você tem notado como tem crescido por parte de muitas pessoas esse hábito de estudar? Antigamente olhávamos o tamanho do livro, hoje já encaramos os maiores. E quanta coisa apuramos em cada um que lemos? Ficamos entusiasmados e felizes com os padrões que nos são abertos, e automaticamente induzidos a novos lances.

Quando nos propomos estudar, como é o nosso caso aqui, estamos tentando fazer uma alteração no mecanismo de aprendizagem. Um estudo levado a sério, e com profundidade, é uma oportunidade que recebemos de implementar um sistema menos dolorido de evoluir. Ou seja, instruir-se é cair na real a cada momento, antes que o real seja manifesto por um processo de fora para dentro que vai nos fazer sofrer. Percebeu? Quem não quer aprender pela instrução vai ter que aprender pela experiência.

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