A verdade vos libertará – Parte 8

Evolução em linha reta

Linha reta e linha quebrada

Alguns estudiosos das escrituras ficam na dúvida quando o assunto é a caminhada em linha reta. Sem saber como funciona esse sistema de projeção linear, em que a criatura ingere conhecimento e o aplica, o atribuem a Jesus e acham que ele foi a exceção. Possivelmente, ele foi a exceção quanto ao planeta Terra, mas na abrangência universal muitos espíritos estão implementando a evolução dessa forma.

Enquanto tantos caminham sob essa metodologia, em que a orientação chega e eles se ajustam, nós não nos ajustamos. Quando no plano espiritual, aprendemos o que fazer. Aqui embaixo não fazemos e voltamos pra lá em sofrimento. Tornando a voltar pra cá a situação se repete, e ao invés de uma linha reta sequenciamos uma linha quebrada.

E o que é pior: além de não fazer o que aprendemos, ainda complicamos  a situação. Submissos à influência das forças inferiores, até pelo passado delituoso que trazemos, colocamos em dúvida o aprendizado adquirido e o que a nossa clareza consciencial aponta, tripudiamos em cima de valores positivos, recalcitramos nos velhos erros e lutamos com os planos superiores, direcionando o sentimento mais para baixo, na área do subconsciente, do que para o plano de crescimento natural.

Semelhante aos alunos que se empolgam com as colocações recebidas, mas não abrem mão da maneira de agir, de lance em lance somamos dificuldades no caminho.

Sabedores do valor da disciplina, perdemos a conta das vezes em que assinamos o ponto com atraso; conhecedores da grandeza da fraternidade, não nos cansamos de buscar egoisticamente vantagens imerecidas, e em se tratando de compromissos, quando não desprezamos tantos deles comumente chegamos atrasados.

Isso faz com que o processo assimilativo e metabólico ocorra de maneira muito demorada. Ou seja, para o que poderia ser feito em pouco tempo nós gastamos, às vezes, longos anos. E somos constrangidos, tantas vezes pelas circunstâncias, a reaprender coisas que já foram por nós estudadas lá atrás, e assim vai.

Passamos por situações difíceis seguidamente porque não correspondemos a nível prático ao que teoricamente aceitamos, deduzimos e entendemos ser o melhor a fazer.

Ignorando que a soma do pequeno forma o grande, e teimosos, caminhamos machucados.  

A mudança

Nossos conceitos projetam preconceitos e estes, como antenas avançadas de rejeição das ideias novas, só nos possibilitam assimilar parcelas do que nos chega. O plano maior nos encaminha revelações em abundância e costumamos recolher frações. E mesmo assim com sacrifício, às vezes, para conseguir operar um pequeno percentual delas.

O lado bom da história é que estamos saindo do vap-vupt das cabeçadas da vida, como aprendíamos até agora, para evoluir pela educação. Deixando as linhas quebradas de uma evolução irreverente, sequenciamos de maneira mais natural a evolução. Ao contrário de antes, agora sabemos o que precisamos fazer e já conseguimos, em muito, ampliar o espaço de linha reta em nosso sistema de aplicação.

Por isso estamos aqui. Estudando aspectos da lei divina e buscando obter conhecimentos que nos possibilitem uma caminhada com maior percentual de segurança.

E o processo é ponto a ponto. Não dá pra juntar uma série informativa e falar: “até tal época eu vou aprender, a partir daí eu vou aplicar”. Não adianta que isso não funciona na redenção espiritual. O negócio é nos ajustar a essa nova sistemática. Adotar e fazer com equilíbrio, para que o campo prático siga o que o racional e o lógico propõe.

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