Começando a estudar o evangelho – Parte 5

Igreja

Edificações de núcleo iluminativo

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o espírito de Deus habita em vós? ” I Coríntios 3:16

Os homens em todos os tempos edificaram, e ainda edificam, igrejas. Até hoje, em todas as partes altares são construídos a fim de se reverenciar o supremo Senhor do Universo.

E todos os templos físicos de fé religiosa, independente da escola de crença a que se filiam, desde que consagrados à divindade do Pai, são Departamentos da casa infinita de Deus onde Jesus ministra seus bens aos corações da Terra. Em qualquer religião em que se expressam, são santuários de educação da alma no desenvolvimento da imortalidade.

Isto equivale a dizer que todo templo de pedra dignamente erguido funciona como um farol no meio das sombras, irradiando luz para a iluminação das trevas.

Indicando caminhos retos aos navegantes do mundo, esses núcleos são veículos que decodificam o pensamento abrangente superior a nível informativo, através dos quais parcelas de valor chegam ao plano perceptivo das criaturas. Fazem o papel de encaminhar a mensagem que vem de cima, de modo a que dentro de um patamar analítico todos os que ali aportam consigam recolher o ensino.

Agora, infelizmente muitos tomaram do cristianismo somente o título. Originados da ambição e do egoísmo, alimentam rivalidade, ignorância, orgulho e preconceito, o que atesta o despreparo da missão e que estão longe de atingir o ideal proposto pelo amoroso Carpinteiro filho de José e Maria. Muitas igrejas estão longe da religião e do amor. E mais, ao longo do tempo se enrijeceram no superficialismo e na frieza dos templos.

É grande o número de frequentadores nos diversos segmentos religiosos, não é? Todos estão cheios de gente. Entra dia, sai dia, as pessoas neles entram em número incontável. Só que com um detalhe: sem se aterem à necessidade de iluminação íntima.

Frequentam, mas não querem se aprimorar. Não querem evoluir como espíritos eternos que são. Buscam a espiritualidade e o Cristo, mas sabe para quê? Para serem servidas. Isso mesmo, a colocação não está dura não, querem ser atendidas em seus anseios e ponto final. Compartilham demonstrações de fé esperando unicamente vantagens pessoais no imediatismo das gratificações terrestres e cultivam a oração objetivando subornar a justiça divina na busca exclusiva de privilégios.

Enquanto muitas tentam mercantilizar o poder celeste com a grandeza material das oferendas, outras buscam a ajuda divina com o propósito de solucionar problemas mesquinhos. Aliás, venhamos e convenhamos, os templos de pedra estão cheios de promessas injustificáveis e de votos absurdos. Por ausência da compreensão da verdade, permanecem lotados de almas paralíticas.

Se estamos falando de igreja é bom conceituar. Na acepção literal da palavra, significa aquele agrupamento de indivíduos que se une por uma identidade de tendências, conquistas e padrões arregimentados, e que se acha vinculado a uma visão que o cristianismo sugere, a uma filosofia que cada membro passa a nutrir no coração.

Em suma, sintetiza o núcleo ou a unidade na qual cada integrante ali inserido vai adquirindo noções informativas e passa a ter consciência acerca da responsabilidade que o conhecimento traz. Como exemplo podemos mencionar as sete igrejas do apocalipse, uma vez que elas representam a base onde se congregou o ideal cristão no passado.

Elas simbolizam os níveis em que os espíritos, tanto na vida física do planeta como no plano espiritual, vão se ajuntando e se identificando pelas afinidades. As mensagens contidas nas sete cartas iniciais do livro Apocalipse, se você já teve a oportunidade de lê-las, não são mensagens vagas, desconexas e sem sentido, que ficaram para trás e não atendem mais. Nada disso. Ainda hoje são direcionadas à nossa intimidade, cada uma visando atender a determinada coletividade.

E vale lembrar também que à frente de cada igreja ou núcleo sempre vai ter um responsável. Cada uma delas é administrada por uma individualidade, por uma entidade que nunca está só. Afinal de contas, se estiver só o trabalho se faz no relativo e deixa a desejar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *